Wednesday, April 25, 2007

gag

Engoli a mordaça e cuspi o sangue cansado. Até ele não era vermelho mais. Senti a dor desses enganos no meu ombro, mas já não conseguia ir embora. Fiquei sorrindo displicentemente como alguém perdido em doces lembranças. Ao invés me olhar, ele me viu e enxergou minha boca cheia de sarcasmo. Piscava lentamente e ignorava as perguntas. Do que eu ria, ele quis saber. Minhas pernas não têm movimentos mais. Estou me entregando lentamente a esse limbo em que vocês vivem e em alguns dias nem respiro. Decadente, sufocada, claustrofóbica. E continuo a exercitar di-a-ri-a-men-te essa demência.

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